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Como Hermione

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Resenha Literária: A Rapariga que Roubava Livros

11.06.21 | A Miúda

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     “A Rapariga que Roubava Livros” é o quinto livro do autor australiano Markus Zusak.

    A ação localiza-se na Alemanha, nos arredores de Munique, em plena II Guerra Mundial, durante o regime de Hitler. A personagem que simboliza a Morte conta-nos a história de Liesel Meminger, uma menina de 9 anos, que vê o irmão morrer e que é entregue para a adoção; do casal Hubermman que a acolhe; de Rudy Steiner, o seu melhor amigo; de Max Vandenburg, um judeu que o casal Hubermman esconde no seu sótão.

 

     A temática da II Grande Guerra e do Holocausto é das minhas favoritas no que toca a livros. Este período foi dos mais negros da nossa história e os relatos que ouvimos ou lemos dessa época, retratam histórias tristes e cheias de sofrimento, mas, em certas ocasiões, também conseguimos encontrar momentos de alegria, bondade, amizade e amor. Este livro não retrata a guerra do ponto de vista dos judeus que são enviados para campos de concentração, mas antes do ponto de vista dos próprios alemães, que apesar de pertencerem à “raça superior”, alguns vivem em condições de extrema pobreza.

 

     É certo que o povo judeu sofreu duramente durante o regime de Hitler, mas não podemos esquecer que não foram os únicos. Aos campos de concentração chegaram também pessoas que eram consideradas “impuras” ou “inimigas da nação”, como ciganos, homossexuais ou opositores do regime, por exemplo. E ainda que vivessem em melhores condições que estes grupos de pessoas, os alemães (aqueles que eram considerados da raça ariana), em especial a classe mais pobre, vivia com grandes dificuldades, que foram acentuadas pela guerra. Para além de haver muita mão de obra e pouco trabalho disponível, quem se opunha às regras estabelecidas pelo regime de Hitler, sofria as consequências, por exemplo, sendo enviado para combater na guerra.

 

     Apesar de “A Rapariga que Roubava Livros” ser uma obra de ficção, algumas das situações narradas representam acontecimentos reais (por exemplo, a queima de livros). É muito importante conhecer a história, para evitar que situações destas, que nos marcou tanto e que nos continuam a chocar, mesmo passado tanto tempo (quase 80 anos), voltem a acontecer no futuro. Regimes como o de Hitler acontecem se o povo permitir. E, para mim, é muito triste e até assustador ver que existem pessoas, um pouco por todo o mundo, com vontade de reescrever a história.

 

     A história está muito bem contada, de tal forma que parece que o leitor está, de facto, na Alemanha, a viver todos os acontecimentos. Os personagens têm características que os tornam reais. A escrita é fluída e cativante. É um livro que recomendo!

 

     Podem comprar o livro, pela Wook, aqui.

    Podem conhecer melhor o autor e a sua obra aqui ou então, para quem utiliza o GoodReads, aqui.

 

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